quinta-feira, 26 de julho de 2012

Professores elogiam Caderno orientador para ambientes de leitura


EMEF PREF.ADEMAR DE BARROS-DRE CPO LPO
Entre os depoimentos e relatórios de participantes das oficinas do projeto “Leitura ao pé da letra”, desenvolvido pela Plural em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, de 2010 a 2012, não faltam elogios ao Caderno orientador para ambientes de leitura, que está fazendo a diferença no trabalho de muitos deles.

É o caso de Francisca Maria M. M. Martins, da DRE Jaçanã/Tremembé: “O caderno orientador ampliou meu conhecimento, com vários relatos de professoras, POSL (professores orientadores de salas de leitura), dando sugestões, falando de suas práticas e tudo isso faz com que eu reflita sobre minha didática”.

EMEF Governador Mario Covas  DRE ITAQUERA
A professora Simone, da Escola Vereador Antônio Sampaio, concorda: “O caderno orientador foi muito bem feito e vem de encontro com minhas necessidades”. Daize Azize, POSL, também elogiou a publicação em sua avaliação final do curso: “O caderno orientador realmente orientou”. A professora Talita, POSL  na EMEF CEU Três Pontes, fez o mesmo: “O caderno orientador é ótimo e norteia bem o trabalho”.
EMEF PREF.ADEMAR DE BARROS-DRE CPO LPOO caderno foi publicado em fevereiro de 2012. Ilustrado por Nathan Baroukh, ele serve como um guia para os professores orientadores de salas de leitura e outros profissionais de bibliotecas e professores interessados em trabalhar a literatura com estudantes. “A intenção é que o livro seja mais um instrumento para a formação continuada, projetos de leitura e outros recursos, dando continuidade ao trabalho desenvolvido no projeto Leitura ao pé da letra”, revela Raquel Brunstein, diretora fundadora da ONG Plural. 
O Caderno orientador para ambientes de leitura está disponível para download gratuito no site da Plural: http://www.plural.org.br

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Como seria sua estante excêntrica?


Você já conhece nosso Caderno orientador para ambientes de leitura? Vamos publicar aqui alguns trechos do texto, acompanhados das ilustrações de Nathan Baroukh.
Se você quiser conhecer melhor a publicação, poderá fazer gratuitamente o download em nosso site: http://www.plural.org.br.

Minha Estante Excêntrica

Sempre acreditei que a biblioteca de cada um contém uma estante excêntrica. Nela repousa uma pequena e misteriosa coleção de volumes, cujos assuntos nâo têm a menor relação com o restante da biblioteca, embora, numa investigação mais detalhada, revelem um bocado sobre o dono. [...]

Ilustração de Nathan BaroukhMinha estante excêntrica contém sessenta e quatro livros sobre explorações polares: narrativas de expedições, periódicos, coleções de fotografias, trabalhos de história natural e manuais de navegação. (”Não toque em metal frio com as mãos úmidas e desprotegidas. Se você inadvertidamente o fizer, urine no metal para esquentá-lo e salve alguns centímetros de pele. Se puser ambas as mãos, é melhor ter um amigo por perto.”) Esses livros se encontram tão impregnados de emoções que poderiam  muito bem estar manchados de sebo de foca e úmidos pelos borrifos do mar de Wedell. Meu interesse é solitário. Não posso comentá-lo em coquetéis. Sinto-me algumas vezes como se tivesse passado grande parte da vida aprendendo uma língua morta, que ninguém conhecido consegue falar. (Fadiman, 2002, p. )

Como seria sua estante excêntrica? Que livros você colocaria ali?  

terça-feira, 3 de julho de 2012

Você já pensou em organizar um clube de leitura?





“Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre uma releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor”. (Leonardo Boff)                 
 


Quando um grupo de pessoas combina ler um mesmo livro ou um mesmo texto e se encontra regularmente para trocar ideias e impressões sobre essa leitura estão constituindo um clube de leitura. As atividades desenvolvidas no decorrer desses encontros favorecem o desenvolvimento de alguns comportamentos leitores, como, por exemplo: aprender a selecionar o que ler; explicitar alguns critérios de seleção; ler com diferentes propósitos; recomendar uma obra a outros; confrontar interpretações sobre um mesmo texto; evocar outros textos a partir do texto lido etc.

Como todo clube, este também deve ter normas para regulamentar seu funcionamento, normas essas que devem ser discutidas e estabelecidas pelo grupo. O mais importante é criar um clima de respeito e de responsabilidade entre todos os associados. 

Na escola, o clube de leitura é um excelente meio para despertar nas crianças e nos jovens a curiosidade pela literatura e o prazer pela leitura. Eles podem ser criados em todos os níveis de ensino: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e superior. Há, no entanto algumas regras para que o Clube de Leitura funcione bem:

1 - É importante que os associados estabeleçam de comum acordo a regularidade dos encontros e a quantidade mínima de páginas que deverão ser lidas nos intervalos entre eles. É recomendável que os encontros sejam semanais ou quinzenais porque o importante é manter aceso o interesse do grupo.

2 - Nos clubes de leitura, os associados, sejam eles crianças, jovens ou adultos, devem poder escolher o que desejam ler. Mas essa escolha não dispensa a orientação do mediador, seja ele o professor, o bibliotecário, ou apenas um leitor mais experiente. Existem muitas possibilidades para qualificar a escolha. O mediador pode, por exemplo, apresentar e discutir com os participantes – crianças ou adultos - um determinado assunto, ou autor, ou um gênero literário específico e depois indicar e ou disponibilizar algumas obras sobre os temas abordados; Pode despertar o interesse dos associados por obras ainda não conhecidas, lendo em voz alta resenhas desses livros; Pode indicar outras obras de um autor “favorito”; recomendar os livros mais adequados ao interesse e faixa etária dos participantes, entre tantas outras possibilidades.

3 - Feita a escolha, a leitura do livro pode ser iniciada na escola, na biblioteca ou outro local, mas a maior parte da leitura deverá acontecer em casa.

4 - É importante que participantes do clube façam anotações e registrem os trechos que despertaram alguma lembrança, ou uma emoção mais forte. Bem como, as impressões sobre a história: se é interessante ou boba; se a ideia do autor é nova ou batida; se o ritmo da historia é rápido demais ou se arrasta; se o final foi uma surpresa ou já era esperado, se a história começou devagar, mas foi ficando mais interessante, se fez lembrar algo... Enfim, o leitor deve ir fazendo seus comentários e reflexões, livremente.  Essas anotações serão muito úteis para discutir a obra nos encontros do clube.

5 - Se for grande o número de participantes, é interessante dividí-lo em pequenos grupos de 3 a 5 elementos, de modo que todos possam trocar entre si suas impressões e as diversas ideias. O mediador deve incentivar a discussão entre todos, pondo em evidência as diferentes interpretações e valorizando as diferentes opiniões.  É nessa troca que se amplia o universo leitor de cada um.

6 - Quando a leitura de um determinado livro é finalizada, pode-se organizar uma grande roda, para que os representantes dos diversos grupos comentem o que julgaram relevante na história, recomendando-a ou não e justificando sua opinião sobre a obra lida.



Em linhas gerais, essas são algumas ideias para organizar um clube de leitura. Durante o desenvolvimento do Projeto Leitura ao Pé da Letra, muitos clubes de leitura foram criados sob a orientação da “Plural” nas escolas da rede municipal de São Paulo. Caso você participe ou tenha criado um clube de leitura, conte-nos sua experiência.